A Objetiva fotográfica

 

As lentes são praticamente a alma da câmera fotográfica. Através dela, a luz penetra pelos seus cristais orientando os raios luminosos de maneira que fiquem ordenados para sensibilizar a captação da película ou sensor. E formar a imagem.
Uma lente (também chamada de objetiva) é formada basicamente de três elementos: um corpo de metal ou outro material de boa resistência, que envolve e protege os elementos internos, os cristais, que constituem o elemento ótico da estrutura, e o diafragma.


Tipos de lentes
A distância focal, medida em milímetros, ex: 24mm x 70 mm é a distância entre o centro ótico da lente e o sensor da câmera. É através dela que classificamos as lentes (além da abertura do diafragma. ex: f/2.8
Lentes grande angular
As objetivas com distâncias focais inferiores a aproximadamente 40mm são consideradas grande angular, pois oferecem um amplo campo de visão, ou seja, com seu uso podemos enquadrar grandes áreas a uma curta distância. São indispensáveis para fotografias em locais fechados, como festas e formaturas.



Lentes normais
As objetivas com distâncias focais entre 40mm e 60mm, aproximadamente, são consideradas lentes normais, pois produzem imagens muito próximas da visão humana.



As teleobjetivas
As lentes que possuem distâncias focais superiores a 60mm são consideradas teleobjetivas, por aproximarem muito as imagens e oferecerem um pequeno ângulo de visão. São essenciais para fotografias de assuntos muito distantes, e são muito usadas em fotos de esportes e natureza.



Lentes Zoom
As lentes zoom possuem distância focal variável, sendo por isso muito versáteis e práticas por nos possibilitar fazer vários tipos de enquadramento com um único equipamento. Antigamente, a maioria das lentes tinham comprimento focal fixo. Atualmente, ainda há diversos modelos como estes, mas as lentes com zoom marcam presença.
Para entender o que é o zoom, pense no seguinte: ao falarmos que uma objetiva tem 4X de zoom, por exemplo, estamos querendo dizer que a relação entre sua distância focal mais longa e sua mais curta equivale a 3, como a lente mostrada no topo da página (300/70=4, aproximadamente).

 


O diafragma
O diafragma fotográfico é uma estrutura que se encontra no interior de todas as objetivas, e tem o papel de controlar a quantidade de luz que passa através dela. Ele é composto por um conjunto de lâminas finas e justapostas, que se abem e fecham para controlar a quantidade de luz. Para um melhor entendimento, pense como se a objetiva fosse o olho humano e o diafragma fosse a pupila.

 


Então, um outro fator importante em uma objetiva se refere à abertura de seu diafragma. Esta abertura é medida por números f (f/1.4, f/1.8, f/2, f/2.8, f/4, f/5.6, f/8, f/11....), que possuem natureza inversa (quanto menor o número f, maior será a abertura do diafragma, possibilitando maior incidência de luz, e vice-versa). Cada número maior representa a metade da luz que a abertura anterior permite passar. Ex.: f/8 deixa passar a metade da luz de f/5.6 (um ponto abaixo), e o dobro de f/11 (um ponto acima).
Dica:
Ao escolher uma objetiva, tenha em mente que tipo de trabalho você vai se dedicar!
Normalmente uma lente que oferece uma menor distância tipo 18mm e maior tipo 200mm no mesmo corpo, e com uma abertura considerável tipo f/ 2.8 , você tem uma mista que te oferece uma curta distancia do objeto e ao mesmo tempo uma longa distância do assunto. 2 em 1.
É muito importante prestar atenção à abertura máxima, que corresponde ao número f exibido normalmente na parte frontal da objetiva. Em lentes zoom, você verá dois números f. Ex.: em uma lente 18-55mm com a abertura indicada de "1:3.5-5.6", o 3.5 corresponderá à maior abertura possível quando a lente estiver com 18mm, enquanto o 5.6 corresponderá à maior abertura quando a lente estiver com 55mm, havendo aberturas medianas nas outras distâncias focais entre 18 e 55mm.

Minha Câmera no Manual ou Automático?

Este tema foi colocado pelo fotógrafo Fred Valetim e resume muito do que me perguntaram nesta semana, parabéns ao Fred.

Existe um mito que fotógrafos profissionais não usam sua máquina nos modos pré-definidos como prioridade de abertura (A), prioridade de velocidade(S) entre outros, somente no modo manual, outro mito é que  fotógrafos profissionais não usam recursos automáticos da câmera. Na verdade eu penso o contrário. Um dos requisitos de um bom fotógrafo é ter domínio sobre seu equipamento, um bom fotógrafo lança mão de todos os recursos de sua máquina inclusive os recursos automáticos. Se eu tenho uma Ferrari nas mãos com um motor de quinhentos ou um milhão cavalos, pra que eu vou dirigir somente de 1ª ou 2ª marchas?
O modo que vou usar minha câmera depende muito da situação, algumas vezes uso no modo de prioridade de abertura, outras em prioridade de velocidade e às vezes em manual, o que vai me fazer definir o modo vai ser a cena, o clima ou a técnica que vou usar. Minhas câmeras fotográficas sofreram muito na minha mão antes do primeiro trabalho, tive que fazer vários testes e conhecer bem o comportamento dos seus sistemas de medição, foco e cor, eu precisava saber como elas se comportavam em diversas cenas de pouca ou muita luz.
Vou dar um exemplo. Se eu vou fazer fotos de um evento em externa que geralmente tem muita luz na maioria das situações não terei que me preocupar com a velocidade do obturador e sim com a abertura da lente dependendo do efeito que eu quero, então quanto menos coisas eu precisar me preocupar melhor porque eu quero estar envolvido na cena e no clima do momento, quero ver a expressão de cada rosto no meu enquadramento, direção da luz, o que está na sombra, composição da cena, equilíbrio, tom, textura e uma infinidade de coisas que quase sempre vou ter segundos pra verificar antes de fazer o click. Então vou lançar mão de todos os recursos que a tecnologia da minha máquina puder me dar na hora, eu paguei caro por esses recursos e teve uns caras que gastaram muito cérebro pra fazer essas geringonças funcionarem, nesse caso não quero me preocupar com a velocidade, eu vou fazer sim uma rápida verificação, mas posso perder o momento “X” se tiver que ajustar tudo no manual, então eu digo para minha máquina: “Você se preocupe com a velocidade e que eu vejo o resto. Ok?” E assim funcionamos bem.
O importante aqui é você saber  como funciona cada recurso da sua câmera e se ele funciona bem, sabendo isso você vai saber intervir quando o recurso não der certo e ai sim um modo manual onde você terá que ajustar tudo dará muito certo. Agora se você não souber para que serve um modo FP de sincronismo do seu flash ou para que serve uma compensação de exposição e a que técnica se aplica, será como usar uma Ferrari para dar uma voltinha no quarteirão a 20 km/h.
Uma pessoa  fez o seguinte comentário: "Flash incorporado em uma câmera profissional é uma piada" Provavelmente ele não sabe que no modo COMANDER da máquina que ele se referia  pode ser usado para disparar vários outros flashes dedicados sem que a luz do incorporado afete o assunto, é um recurso fantástico, já ouvi várias outros equívocos sobre isso e geralmente percebe-se que isso acontece por falta de conhecimento.
Procure saber os recursos de sua máquina, teste todos os modos automáticos e faça comparações. Tente entender como que sua câmera está vendo e interpretando a cena e use esses recursos, mas lembre que quem irá colocar emoção na imagem é você, não os recursos de sua máquina. É você que deve estar no comando.

Fonte: Fred Valetim Fotógrafo

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